VIVA A GREVE GERAL DE 22 DE MARÇO!
Deixamos aqui escrita a proclamação do PCTP/MRPP à Classe Operária e ao Povo Português, que a nossa Linha Sindical apoia com grande determinação.
Morte à Tróica!
Morte ao governo de Traição PSD/CDS!
Viva o Governo democrático patriótico!
Viva a Greve Geral Nacional!
Lisboa, 21/02/2012
O Comité Central do PCTP/MRPP
- O PCTP/MRPP saúda entusiasticamente a convocatória da greve geral pela Intersindical para o dia 22 de Março, exprime o mais empenhado apoio na sua realização e apela aos seus militantes, aos seus sindicalistas e a todos os operários e trabalhadores do nosso país para organizarem e participarem nessa grande luta com todo o entusiasmo e a maior dedicação.Nas palavras que proferiu na conferência de imprensa em que convocou a greve geral, o secretário-geral da Intersindical deixou bem claro, pela primeira vez na história da central sindical, que aquela jornada de luta não era da exclusiva responsabilidade da CGTP, mas que era uma greve geral partilhada e assumida por todos os trabalhadores, independentemente da sua filiação partidária ou sindical. A posição política assim assumida publicamente pelo secretário-geral da Intersindical é justa e representa a condição necessária da unidade que levará à vitória da próxima greve geral.
- Tanto o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) como a linha sindical Luta-Unidade-Vitória começaram a propor – e foram os primeiros – a convocatória desta greve geral imediatamente após o dia em que o Engº João Proença, em sede da comissão permanente da concertação social, traiu o movimento operário, o movimento sindical e a massa dos trabalhadores portugueses, assinando com o patronato e o governo de traição nacional PSD/CDS um compromisso de sujeição dos trabalhadores aos seus exploradores, como nunca se viu em nenhum outro país do mundo.
- Na ocasião dessa traição, que entregou de mão beijada ao patronato e liquidou todos os direitos conquistados pelos trabalhadores mediante duras e prolongadas lutas, o PCTP/MRPP e a linha sindical Luta-Unidade-Vitória propuseram a convocação imediata da greve geral nacional para o dia muito próximo em que, na Assembleia da República, o governo Coelho/Portas tentasse transformar em nova lei do trabalho o compromisso de traição assinado por Proença.
- Dissemos então – e mantemos hoje – que, em Portugal, nenhuma central sindical nem nenhum partido é dono dos trabalhadores portugueses e, muito menos, quando se trata de traidores como os do grupo de João Proença.
- Nós, comunistas marxistas-leninistas, entendemos que a greve deve ser uma greve geral nacional, querendo com isso significar que a greve agora convocada deve abranger todos os sectores de actividade pública e privada e que deve abarcar todo o país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
- O traidor João Proença declarou já que a UGT não participava na greve geral nacional.
- Quando Proença se recusa a participar na greve convocada pela Intersindical para 22 de Março, então ficamos a saber que o texto do compromisso por ele assinado não contempla toda a traição de Proença: para além de aceitar a austeridade e renunciar aos direitos dos trabalhadores, Proença também renunciou ao direito à greve, muito embora essa renúncia não conste expressamente do texto do compromisso. A traição de Proença é bem maior do que aquela que ficou escrita no texto do acordo. Proença vendeu também ao patronato e ao governo o direito dos trabalhadores à greve.
- Não desanimemos por isso. Os operários e trabalhadores dos sindicatos da UGT devem reunir-se e declarar, contra Proença e todos os traidores, a sua adesão à greve geral nacional do próximo dia 22 de Março.
- Para além da organização sindical em que se achem inscritos, os trabalhadores devem organizar-se em comissões de trabalhadores por empresa e por sector de actividade, de modo a mobilizarem para a greve geral nacional todas as forças disponíveis.
- Para nós, comunistas marxistas-leninistas, o objectivo da greve geral nacional de 22 de Março é DERRUBAR O GOVERNO DE TRAIÇÃO NACIONAL COELHO/PORTAS, REJEITAR A POLÍTICA IMPOSTA PELA TRÓICA e CONSTITUIR com todas as forças democráticas e patrióticas, sem excepção, UM GOVERNO DEMOCRÁTICO que repudie o pagamento da dívida, nacionalize os bancos e as grandes empresas e os submeta ao controlo directo dos trabalhadores.
- Hoje, mais do que nunca, o pior que se pode fazer é ter medo, é baixar os braços, é esquecer que, se tivermos uma linha de combate justa e objectivos correctos, temos força para derrubar um governo e um sistema que estão a levar os trabalhadores e o País para uma situação pior que a dos piores tempos da governação salazarista.
- Aderir e participar massivamente na greve geral de 22 de Março é desferir um golpe decisivo na pretensão deste governo e dos seus cúmplices de nos tornarem escravos famintos da sua política terrorista de roubo do trabalho e dos salários e do desemprego generalizado e sem direito a qualquer prestação social!
- A próxima greve geral nacional deve, por tudo isto, representar um substancial avanço nas condições e formas de luta a adoptar pelos operários e trabalhadores portugueses.
Morte à Tróica!
Morte ao governo de Traição PSD/CDS!
Viva o Governo democrático patriótico!
Viva a Greve Geral Nacional!
Lisboa, 21/02/2012
O Comité Central do PCTP/MRPP